5 de abr. de 2012

Se ganhar do Avaí domingo, o Jec pode ganhar mais de R$ 3,9 milhões!

É improvável mas possível. Meu raciocínio mostra que a economia realizada no início do campeonato catarinense (não contratação de treinador) pode custar muito caro no longo prazo ao Jec.

Se o tricolor chegar ao vice campeonato estadual poderá participar da Copa do Brasil 2013 que distribuirá no mínimo R$ 15,7 milhões em premiações.

Abaixo segue um texto extraído do blog OCE que explica bem como funciona a premiação da Copa do Brasil deste ano.
"Como é natural, quem vai receber um dinheirinho mais apreciável será o campeão: somando os pagamentos pelas partidas fase a fase e mais o prêmio de 2,5 milhões pelo título, o campeão levará para casa o total de 4,2 milhões de reais. Traduzido em euros, a real moeda da bola, temos pouco mais de 1,8 milhão de euros. Nada mal.

Ao vice-campeão, caberá um ganho total de 3,2 milhões, já incluído o prêmio pelo vice – sim, vice-campeão tem prêmio, muito justo – no valor de 1,5 milhão.

Esses valores são validos para o caso de campeão e vice pertencerem ao Grupo A de clubes. Caso sejam do Grupo B, por exemplo, os valores caem, respectivamente, para 4,1 e 3,1 milhões de reais. Já um hipotético campeão e um vice do Grupo C receberão 3,94 e 2,94 milhões de reais.

Os clubes foram divididos em três grupos, de acordo com o ranking de clubes da CBF:

Grupo I – Atlético MG, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras e São Paulo (times que estão entre os dez primeiros do ranking);

Grupo II – Atlético GO, Bahia, Botafogo, Coritiba, Náutico, Ponte Preta, Portuguesa e Sport (outros times que estão na Série A do Brasileiro);

Grupo III – todos os outros 51 clubes de um total de 64.

A Copa do Brasil tem um total de seis fases: a primeira (32ª de finais), segunda (16ª de finais), oitavas, quartas, semifinal e final. O prêmio pela passagem da primeira para a segunda e da segunda para a oitavas é de:

Grupo I – R$ 250.000,00

Grupo II – R$ 220.000,00

Grupo III – R$ 120.000,00

A passagem das oitavas-de-final para as quartas-de-final dará R$ 300.000,00; a partir de agora não há mais diferenciação entre os valores, todos , independentemente do grupo de origem, ganharão o mesmo valor.

O avanço das quartas-de-final para a semi-final valerá R$ 400.000,00 e mais um prêmio de R$ 500.000,00 para cada um dos quatro semifinalistas.

A disputa da final, como dito no início, valerá 1,5 milhão ao vice e 2,5 milhões de reais ao campeão.

Para os grandes clubes não chega a ser nada espetacular, apenas um dinheirinho a mais, que pode ser muito pouco, dependendo das despesas de viagem, já que o auxílio da CBF para viagens não cobre todas as despesas:

- passagens rodoviárias ou aluguel de ônibus para até 40 pessoas, para distâncias até 500 km;

- passagens aéreas para até 23 pessoas, para distâncias superiores a 500 km;

- abono de R$ 5.000,00 para despesas com alimentação e hospedagem.

Um detalhe: na primeira e segunda fase é possível haver só o primeiro jogo, desde que o visitante vença por dois gols ou mais de diferença. Nesse caso, a renda líquida não vai toda para o mandante, como de praxe, sendo dividida na proporção de 60% para o vencedor (e visitante) e 40% para o dono da casa, derrotado. E sem dinheiro… Vida dura."


Em 2013 a Copa do Brasil contará com as participações dos clubes que disputarão a Libertadores do mesmo ano, o que hoje não acontece. Assim, a premiação deve aumentar. A Rede Globo já indicou que aumentará o valor pago pela transmissão da competição.

Se o Jec ganhar do Avaí no domingo estará classificado. Se passar às finais classifica à Copa do Brasil e pode ganhar premiações. Esse é o risco que se corre quando se investe no time.
Não estou a criticar a diretoria tricolor pois é nítido que tem dado total importância ao departamento de futebol e patrimônio para este. É a que melhor fez isto em muitos anos.
Gastar dinheiro que não se tem é errado. O presidente disse que esse foi o motivo para não contratar técnico no início do campeonato estadual, um início horrível que hoje nos atrapalha.
Torçamos, torçamos muito, pois as consequências de uma final estadual pode ser extraordinária. Não só pela premiação possível, mas também pelas bilheterias e exposição de imagem.

É importante que a gestão do futebol continue boa para que continuemos a correr estes bons riscos daqui para frente.

2 comentários:

  1. Olá, André.

    Muito interessante esse post - e não pela fonte... :)- por divulgar um objetivo a mais que a simples conquista de um título.
    Um clube precisa pensar na sua sustentabilidade, na sua consistência de performance ano a ano e planejar de acordo.
    O Brasil tem bolsões do que se pode chamar de riqueza e esses bolsões não têm clubes em posições condizentes no futebol nacional.
    Um bom exemplo: Ribeirão Preto.
    Outro, ainda maior: Campinas.
    O grande desafio para os dirigentes de clubes em áreas como Joinville, com economia de peso e, melhor ainda, distribuição civilizada da renda gerada por essa economia, é formar e manter (a parte difícil) bons elencos, capazes de gerar bons times com uma boa direção técnica.

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  2. Emerson, obrigado pelo comentário.

    Acredito que o envolvimento de pessoas profissionais e não apenas torcedoras no meio dos clubes só tem a ajudar. Sendo torcedor é bom mas precisa também agir com seriedade.
    Acho o melhor exemplo de que montar e manter um time disputando vagas em melhores campeonatos e/ou títulos muda a história do clube para melhor é o Internacional. Clube que era dito do passado e não tinha títulos internacionais (que ironia com o próprio nome hein) mas que com profissionalismo hoje é um dos mais ricos do Brasil e com um quadro de sócios invejável em qualquer time do mundo.

    Grande abraço.

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